quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bata sua meta em 2011

Planejamento correto e objetividade são fundamentais para quem quer terminar o ano com todos os projetos concluídos
 “Para ganhar um Ano Novo/ que mereça este nome,/ você, meu caro, tem de merecê-lo”, diz a receita do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Muitas das metas de 2010 podem ter ficado na gaveta ou simplesmente terem sido abandonadas conforme a correria engoliu a disposição em cumprir objetivos. Que tal sacudir a poeira, se preparar para traçar corretamente suas resoluções e começar 2011 pronto para atingir todos os seus objetivos?
Agora vai: com planejamento e alegria, dá para cumprir suas resoluções em 2011
Os especialistas recomendam começar avaliando as metas que foram atingidas total ou parcialmente no ano que passou. “As coisas que a gente cumpriu têm que ser comemoradas, inclusive as pequenas”, diz Rebeca Fischer, psicóloga da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL) “Ao se referir ao que não foi realizado, é preciso incluir o ‘ainda’, para lembrar que se trata de um processo em andamento”, reforça.
Fazendo a lista
Christian Barbosa, especialista em administração do tempo e produtividade, afirma que as metas têm que ser objetivas e mensuráveis. “A gente é perito em fazer metas que não vão dar retorno algum.” Em outras palavras, não adianta desejar “emagrecer” ou “aprender um idioma” se você não tem um ponto de partida e um de chegada. “Quero um apartamento, mas qual? De que tamanho, que preço, em que bairro? Quanto mais detalhes, melhor”, garante Barbosa. São eles que ajudam a definir a melhor estratégia.
Hora de planejar
A função do planejamento é avaliar quanto tempo, energia e dinheiro são necessários em cada objetivo. “Você pode ter qualquer coisa, mas não tudo ao mesmo tempo”, alerta Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching. “Temos a tendência de superestimar o que podemos conquistar em um ano e subestimar o que podemos conquistar em cinco”. É importante ter também metas de médio e longo prazo, e desdobrar cada objetivo em etapas e tarefas. “Sonhar pequeno e grande dá o mesmo trabalho. O objetivo pode ser ganhar um milhão de reais, desde que o plano de ação contemple os passos necessários, com o pé no chão”, diz Barbosa.
Os especialistas orientam refletir sobre quais são suas verdadeiras motivações. “É importante saber por que você quer aquilo”, diz Matta. Ele dá o exemplo de duas pessoas que queiram emagrecer: uma para se sentir melhor no vestido de casamento e outra porque quer mais saúde. “Ambas podem atingir o objetivo por estratégias totalmente diferentes”, explica. Sem esse passo, o esforço pode ser vazio e não trazer a felicidade desejada. Para Rebeca, da SBNL, é preciso avaliar se o que a pessoa vai ganhar é maior do que o investimento. “Se não for, é difícil mudar de comportamento”, diz a psicóloga.
Avaliações parciais
Passam os primeiros meses do ano e aparecem as dificuldades. A perda de peso fica mais lenta, a disciplina de juntar dinheiro é ameaçada pela vontade de fazer uma viagem bacana nas férias, acordar cedo para ir a academia fica cada vez mais difícil... Como não desistir? “As pessoas acabam entrando num círculo vicioso de rotina, e esquecem o que deve ser feito para atingir seus objetivos”, diz Matta.
O coach afirma que o principal obstáculo são pensamentos limitantes, que detonam a motivação. “Os mais comuns são ‘sou muito velho’, ‘sou muito novo’, ‘não ganho dinheiro suficiente’ e ‘não tenho conhecimento suficiente’. É a principal forma de autossabotagem das pessoas”, diz o coach. Outras dicas para fortalecer o processo é colocá-las no papel. “É o primeiro passo de transformar o sonho em realidade”, afirma.
Matta recomenda compartilhar os objetivos com outras pessoas, gerando comprometimento e recebendo contribuições. Christian Barbosa acredita que, se a pessoa se sente confortável, vale tudo: dividir as dificuldades com amigos e família, fazer diários e planilhas, buscar um coach para “pegar no pé”, ou até terapia.
A Programação Neurolinguística tem técnicas que prometem facilitar o caminho das pedras. “O cérebro precisa de um ‘endereço’ para focar na meta e funciona melhor se for estimulado mostrando o objetivo já atingido. Se a pessoa quer emagrecer, precisa se ver com 5 quilos a menos, seja por fotos ou imaginando”, diz Rebeca, da SBPNL. Ações focadas são importantes também, segundo a psicóloga. Se a ideia é vencer o medo de dirigir, por exemplo, a pessoa deve montar um plano de ação, seja procurar um terapeuta, um grupo de pessoas com a mesma dificuldade ou um curso específico para isso.
É importante acompanhar os resultados em etapas também. “Se a meta é de um ano, avalie o que já conseguiu de três em três meses”, diz Rebeca. “Quando as coisas não dão certo, é uma chance de mudar de estratégia.”
Cumpra com alegria
Para que o processo não se torne uma tortura, Melissa Setubal, coach de saúde integrativa, defende que as estratégias privilegiem o prazer. “Dieta é um dos primeiros itens que as pessoas colocam na lista, que implica em restrições muito grandes e reprime qualquer forma de prazer. E, sem prazer, não dá para continuar por muito tempo”, afirma. Para Melissa, todo abuso que uma pessoa comete esconde uma carência, seja afetiva, ou de prazer e bem estar. Estar atento às necessidades físicas e emocionais e supri-las conscientemente evita que a pessoa “desconte” na forma de abuso em comida – ou compras, vendo televisão, ou qualquer outro ladrão de tempo e energia.
Ela indica a técnica dos “5 minutos” para começar a fazer mudanças graduais e progressivas. “Racionalmente, qual é o tempo que eu tenho disponível para por nisso? Cinco minutos? 20 minutos? Então vou usá-los na minha meta”. Para evitar desistências, ela usa a estratégia de dieta de focar em uma alimentação mais regrada 90% das refeições. “Nos outros 10% do tempo a gente se diverte. Sempre que a gente restringe, mexe no mecanismo do prazer e isso traz dor e sofrimento para a pessoa”, diz. Sonhos na cabeça, mãos à obra.
Fonte:   Portal IG /Verônica Mambrini

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Marca: para que serve esse tal “Branding”? Você saberia responder se as marcas das empresas têm valor?

Caso você duvide que essa resposta seja sim, fique sabendo que somente a marca Coca-Cola vale o equivalente a US$ 70,4 bilhões. A IBM, por exemplo, US$ 64,7 bilhões e a Microsoft US$ 60,8 bilhões. Esses valores compõem o estudo "As 100 Marcas Mais Valiosas do Mundo", feito pelo respeitado ranking da Interbrand, uma das principais consultorias internacionais de avaliação de marcas.
Hoje muitas organizações passaram a valorizar ainda mais os bens intangíveis da marca, que, por sua vez, passaram a ser somados ao calcular o valor da empresa. As empresas que estão investindo cada vez mais no fortalecimento de suas marcas, estão conquistando um retorno positivo e fortalecendo seus negócios. Pensando nisso, o branding, como é chamado o conjunto de práticas e técnicas que visam a construção e o fortalecimento de uma marca, está cada vez mais em alta.
No mundo dos negócios, seja entre o empresário de pequeno, médio ou grande porte, em qualquer nicho de atuação, investir no posicionamento e diferencial, assim como no visual e alinhamento da marca vem a cada dia ganhando mais espaço.
Antes pouco valorizados pelas pequenas e médias empresas, a identidade da marca e, consequentemente, a mensagem que quer transmitir dos seus produtos e serviços pode ser um diferencial na hora de fechar negócio. Porém, no que, afinal, contribuirá o branding para uma empresa?
De acordo com Helio Moreira, diretor da NewGrowing Design & Branding, agência especializada em design de marcas e identidade visual, "nos últimos anos a evolução das marcas mudou o comportamento de gestão de algumas companhias. Partindo da promessa à entrega, de dentro para fora, da teoria para a prática. Sendo assim, está cada vez mais claro que a marca deve ser melhor gerenciada e tratada como um ativo estratégico e com uma gestão específica. Não mais apenas como uma simples 'logomarca' jogada no mercado".
"Neste momento precisamos parar e repensar nossas atitudes. Dando mais atenção para esse bem tão precioso que ao longo do tempo queremos construir e conquistar. Por isso, é importante avaliar para qual caminho deseja seguir. Seja contratando um profissional (gestor de marcas) com conhecimento e uma metodologia eficiente, para orientá-lo, ou, então, arriscar-se sozinho, traçando uma direção", completa o especialista em gestão de marca.
Propondo um exercício de auto-análise e fazendo algumas perguntas importantes em busca dessas respostas é possível chegarmos a um resultado satisfatório. Comece pela essência e pelos principais atributos, em seguida, pontue em uma só palavra o diferencial da empresa. Será difícil, mas procure se concentrar e não minta para si mesmo. Seja franco, direto e procure não cometer excessos de atributos. Ou seja, simplifique.
"Sem clareza na informação no que deseja transmitir ficará difícil passar aos colaboradores, clientes e parceiros aonde quer chegar. É preciso ser claro porque eles vão carregar esta mensagem e ajudá-lo a construir sua própria marca", conclui Moreira.
A estratégia da empresa necessita estar alinhada à proposta de valor e a visão de futuro. É preciso criar referências para as pessoas, utilizando uma linguagem comum e fácil de compreender. Se conseguir organizar parte dessas informações e priorizar as diretrizes estratégicas, ao menos, a direção estará certa.

Fonte: Portal Administradores.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tele-Trabalho: uma alternativa eficaz e solucionadora


Apesar de parecer novidade, o tele-trabalho vem sendo discutido há anos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define o tele-trabalho como uma forma de serviço efetuada em um local distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação.

Jack Nilles, o pai do tele-trabalho, após ser indagado sobre uma forma de melhorar as condições de trânsito, cerca de 35 anos atrás, chegou a conclusão de que seria possível reduzir o número de carros, portanto, de engarrafamentos nas ruas. Se o trabalhador tivesse a oportunidade, pelo menos algumas vezes, de trazer o trabalho para junto de si ao invés de precisar ir até ele, já traria grandes resultados. Jack enfrentou algumas dificuldades para realizar seus estudos, mas finalmente conseguiu realizá-lo. Os conceitos foram aceitos e o tele-trabalho se globalizou. Seu objetivo, a partir de então, era provar que uma melhora na qualidade devida de um funcionário aumenta sua produtividade.

Em 2005, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) deu início ao projeto piloto que implantaria o programa de trabalho virtual. Não havia obrigatoriedade de adesão nem restrição de cargos. A empresa forneceu aos funcionários virtuais notebook, celular, acesso banda larga e até mesa de trabalho. Os funcionários também tiveram a oportunidade de treinamento de informática e de segurança da informação para que conservassem bem os equipamentos.

A legislação brasileira tem sido apontada por diversas companhias como um obstáculo na implementação de programas de trabalho virtual no país. Muitas empresas temem ser processadas por trabalhadores que possam alegar ter ficado ininterruptamente à disposição no momento em que casa e trabalho passaram a ocupar o mesmo espaço. No entanto, existem alternativas que regulamentariam essa relação para que funcionários e empregadores não sejam prejudicados.

A realização do tele-trabalho exige, por parte dos administradores, que se adotem procedimentos diferentes dos anteriores em relação ao local, horário de funcionamento e, conseqüentemente, ao estilo de administração.

Para Jack Nilles, a questão central do gerenciamento desta nova proposta é a mudança de prioridades. Ao invés do foco nas horas trabalhadas, o que se deve levar em consideração é o desempenho. O verdadeiro segredo do tele-trabalho bem sucedido está na confiança mútua estabelecida entre o gerente e seu subordinado. Porém, muitas empresas ainda encontram-se ligadas ao mecanismo clássico de controle que é a supervisão da presença física e do tempo utilizado pelo trabalhador.

Podemos citar como benefícios para as empresas a redução de custos, ganhos de produtividade, melhores tempos de resposta, melhoria no clima organizacional, redução da demanda de locais para escritório, prática na gestão por competência, entre outros. Já para o funcionalismo as questões referentes a melhorias na qualidade de vida, como ter maior contato com a família, reduzem o estresse e a tensão profissional, resultando em um melhor desempenho. Além de gerar menos gastos com transporte ou manutenção de veículos, reduz riscos de deslocamento e a propagação de viroses, gripe, etc. assim o trabalhador pode administrar melhor seu tempo, e com certeza os reflexos desta mudança serão encontrados positivamente no resultado de seus serviços.

Claro que existem também desvantagens como a necessidade de capacitação dos trabalhadores que demanda investimento, a possível queda de produção na fase inicial do projeto, e até mesmo o distanciamento dos próprios funcionários e suas inter-relações.

Entretanto, para a sociedade em geral os benefícios seriam muitos. Afinal, menos veículos em movimentação reduzem os níveis de poluição e também os gastos com manutenção de estradas, reduziria impostos, congestionamentos e gastos com combustíveis. Vale à pena uma reflexão neste sentido.


Fonte: Portal Administradores.com por Eliana Saad Castelo Branco

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mentes conquistadas – o poder do marketing bem feito

A empresa que entender que o importante é marcar presença nas mentes infantis que são bombardeadas todos os dias e por todos os lados, vai conseguir dar esse "aproach" quando entender que "o primeiro sutiã a gente nunca esquece", assim como as primeiras mensagens ficarão para sempre.

Marcar presença, fixar um conceito, agradar e conquistar mentes e corações, esse é o inferno astral do profissional de marketing, que deve criar modas, distribuir saudades, construir sonhos. Marketing é paixão e também emoção, é banana flambada com sorvete que lambuza os beiços e faz lembrar da infância, da pureza e do prazer.

O marketing deve utilizar o elemento saudade como um composto que grava e busca a lealdade. Deve haver ainda muitos consumidores de Toddy que relembram dos personagens de plástico que vinham dentro do produto, e das muitas crianças que o consumiam rapidamente para comprar novamente o produto e se beneficiar da novidade. Ah! Que saudades!...

Marketing é magia e encantamento. É entrar no inconsciente coletivo e marcar presença sem saber sabendo, sem provocar provocando, sendo sutil e ao mesmo tempo caudaloso como um rio e sabendo a hora certa de penetrar e a hora certa de retirar.

Marketing é guerrear com as armas que se tem. No fundo, marketing é muito mais do que paixão, é questão de percepção. Se os homens de empresa entendessem que a maioria dos problemas depende de percepção, seria muito mais fácil e menos custosa a solução.

Não existem fórmulas fáceis e poderíamos dizer que marketing é, e continuará sendo, 98% de transpiração e 2% de inspiração. Pois essa busca das sutilezas do pensamento e da ação é feita por pessoas que entendem da vida, das aspirações, dos negócios e também da sedução.

Marketing é sedução pura, sutil e também delicada de uma combinação da alma atormentada do diabo com a espiritualidade dos deuses. Marketing é o sonho transformado em realidade. É criar com criatividade e também disparar a adrenalina combatendo os males da vida, fazendo com que os mistérios se tornem cada vez mais enigmáticos e também com que os segredos possam ser aos poucos desvelados. Marketing é sabedoria e também batalhas e noites sem dormir, comendo sanduíches e afinando encontro de afinidades.

O marketing nunca deve esquecer que o melhor produto é aquele que vende muito, porque todos dizem ao próximo algo sobre ele, e que dá lucro. A melhor propaganda é a boca-a-boca que transborda e convence.

O marketing é ter o produto certo para o público incerto, tentando encontrar a busca do sonho com o encontro do sonho. Numa orquestra em que os lados possam funcionar e na qual o maestro seja ele, o consumidor que tem fraquezas, desejos e adora ser quase sempre bem tratado e, por que não, respeitado. Encantar esse cliente é tarefa diária e vital para o homem de marketing.

Podemos dizer, parafraseando Kotler que "o marketing é a tarefa, assumida pelos gerentes, de avaliar necessidades, medir sua extensão e intensidade e determinar se existe oportunidade para lucro".

E quem chegar primeiro na mente dos consumidores tendem a permanercer mais tempo. Marketing é muito simples....


Fonte: Portal Administradores.com por Robson Paniago

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como mediar um conflito dentro da empresa?

As mais diversas situações de conflito podem aparecer em uma companhia, seja com outras empresas, com consumidores, com fornecedores, entre os departamentos e os funcionários. Diante desse cenário, como solucionar o entrave que, se não cuidado, pode se transformar em um caos? Um mediador pode ser a solução.

A mediação é um processo que pode ser exercido por qualquer pessoa capacitada e que objetiva a resolução satisfatória de um impasse. Contudo, sem ética e responsabilidade, de nada adiantará a atuação desse personagem.   "O mediador deve lançar mão de preceitos do direito, da psicologia, da comunicação, entre outras áreas de conhecimento. Mediadores despreparados não levam em conta algumas etapas e partem para uma mediação sem critérios", afirma a presidente da Conima (Comissão de Mediadores do Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem), Ana Luiza Isoldi.

Quem pode ser?
 
Na maioria dos casos, a ação específica de um profissional do RH (recursos humanos) pode ser o mais prático para a companhia. Por já terem estudado esse tipo de situação, avalia Ana Luiza, esses indivíduos não se sentirão incomodados com o trabalho.
Outra variável é o treinamento dos funcionários para lidarem com situações de conflito, o que tornará a convivência entre os profissionais mais sadia, já que as técnicas serão utilizadas diariamente. Ainda assim, após esses casos, um mediador externo poderá ser contratado conforme a opção da empresa.

Entretanto Ana Luiza ressalta as situações em que o superior for nomeado como mediador. "O chefe poderá ficar em uma situação delicada, já que terá informações confidenciais de cada funcionário. Além disso, ele também pode fazer parte do problema".

Porém, no caso de o conflito ser de cunho pessoal, o chefe poderá desempenhar a função de mediador, reitera a especialista. "Ao realizar a mediação, as pessoas passarão a trabalhar com mais vontade e a produtividade aumentará", completa.

O processo
 
De acordo com Ana Luiza, o processo de mediação possui várias fases que envolvem preparação, abertura, investigação, agenda, comunicação, levantamento de alternativas, negociação e escolha de opção e fechamento.    A especialista sustenta que os interessados em utilizar a mediação devem estar atentos à formação técnica e ética de um mediador. Confira, abaixo, as técnicas mais usadas durante um procedimento de mediação:

* Escuta ativa: o mediador estimula as partes a ouvirem as outras, proporcionando a expressão das emoções. 

* Parafraseamento: o mediador reformula as frases sem alterar seus sentidos com o intuito de organizá-las, sintetizá-las e neutralizar os conteúdos.    Formulação de perguntas: o mediador faz indagações pertinentes à compreensão do conflito para explorar soluções viáveis. 

Resumo seguido de confirmações: permite que as partes observem como seus relatos foram registrados. 

Encontros com as partes: o mediador promove encontros em separado com as partes, sob confidencialidade.

Brainstorming (em inglês, tempestade de ideias): muito usado na publicidade e em ações de marketing, incentiva a criatividade e faz com que as partes possam expressar o que está na mente, para garimpar as ideias mais valiosas.

Teste de realidade: busca uma reflexão objetiva das partes acerca do que está sendo colocado ou proposto. 


Fonte: Infomoney


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Como não virar escravo da internet?

Já somos quase 70 milhões os brasileiros ligados à grande rede e estamos entre os maiores consumidores de internet no mundo. Segundo pesquisa Ibope Nielsen Online, consumimos em média 66 horas por mês navegando em alguma das mil plataformas que o mercado não para de criar. Dá mais de duas horas por dia.

Além do nosso tempo, gastamos também um bom dinheiro para isso: de acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), a assinatura de serviço de internet banda larga já responde por 9,6% da renda média dos usuários.

Pela internet, podemos fazer de um quase tudo: trabalhar, estudar, nos informar, brincar, namorar, jogar, comprar, fechar negócios, cuidar dos filhos, acompanhar novelas ou o futebol, até fazer sexo à distância.

Do primitivo e pesadíssimo computador portátil do começo dos anos 90 do século passado, que a gente chamava de “marmita” nas redações, e que depois ganhou uma infinidade de nomes e modelos, aos iPad e iPhone e o diabo a quatro, foi uma evolução tão rápida e violenta que nem nos demos conta de como a internet mudou as nossas vidas.

Quando fui convidado pelo jornalista Caio Túlio Costa, então presidente do iG , no começo de 2008, a criar um blog no portal, resisti até onde pude, argumentando que já estava velho para virar um escravo da internet, tinha medo de deixar de ser dono do meu tempo.

Além disso, achava que já havia blogs demais no mercado e, um a mais ou a menos, não faria a menor diferença nesta selva eletrônica. Pois ele acabou me convencendo, argumentando, além de oferecer um bom salário, que esta era a melhor forma de prosseguir no jornalismo, que não havia futuro para nós fora da internet.

No começo, ainda procurei me disciplinar, reservando horários para atualizar o blog e fazer a moderação de comentários. Com o passar dos dias, este tempo foi-se alargando gradativamente, sem que eu percebesse. Virou um trabalho online full-time, em que abro o computador antes das nove da manhã e só fecho depois das nove da noite, em dias normais.  

Fora o trabalho no Balaio propriamente dito, esta função de blogueiro me obriga a acompanhar o noticiário nos diferentes portais e a estar sempre consultando as mensagens que recebo sem parar porque é daí que tiro novos temas para poder comentar.

“Você está ficando viciado nisso!”, a família começou a reclamar, com razão. Não adiantava explicar que este é meu trabalho, meu ganha pão, o que me permite pagar as contas no fim do mês, e não um hobby, um brinquedo eletrônico como acontece com muita gente que não sai do computador. 

No último feriadão, durante o retiro espiritual anual com os meus Grupos de Oração num hotel-fazenda no interior de São Paulo, dei-me conta do estágio a que havia chegado. O tema do encontro era “Alegria e Silêncio”, mas eu continuava na mesma rotina como se não tivesse saído do meu escritório.

Procurei me dividir entre as atividades dos grupos, o convívio com a mulher, os amigos e os três netos que foram com a gente e o notebook, sempre ligado na varanda da piscina _ algo, claro, impossível de conciliar.

“Fecha esse negócio!”, cansaram de me pedir os amigos e os netos toda vez que me viam trabalhando. Era como se eu fosse um ET num ambiente dominado pela meditação, a espiritualidade, o transcendente, por alguns dias deixando as pessoas longe do mundo externo e dos seus compromissos.

Ninguém queria saber das notícias que não paravam de ser produzidas em algum lugar lá fora. E para mim era difícil me concentrar nos textos bíblicos e nas reflexões levantadas pelos companheiros orantes. Dava a impressão de vivermos em dois mundos diferentes. Prometi aos colegas que não levarei mais o notebook nos nossos próximos retiros. Eles tinham toda razão ao me repreender, e aproveito para agradecer a todos.

Lembrei-me do amigo Zélio Alves Pinto, o grande cartunista e artista plástico, também membro dos Grupos de Oração, mas que não estava neste retiro. Ele passava o dia criando suas obras no ateliê instalado nos fundos da sua casa. Um dia, seu filho Fernando, que estava começando a ir à escola, lhe perguntou:

“O senhor nunca vai trabalhar como os pais dos meus colegas, que saem de manhã e voltam à noite? Fica só aí desenhando o dia inteiro?”

Como acontece com meus netos, Zélio também teve dificuldades para explicar a Fernando que aquele era seu trabalho.

Mas ainda bem que não estou sozinho nesta batalha, dividido entre o trabalho na internet, a família e os amigos, sem falar nos outros compromissos profissionais (reportagens para a revista Brasileiros, palestras, consultorias).

“Abuso de aparelhos eletrônicos provoca conflito cerebral”, leio hoje na página C9 da Folha, que trata exatamente deste problema.


Fonte:   Trecho da matéria de Matt Richtel, reproduzida do “The New York Times”:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Entenda os riscos da exploração do petróleo Principais perigos envolvem explosões, como a da BP no Golfo do México. Especialistas relembram desastres e como estragos foram controlados.

A exploração de petróleo é uma atividade cheia de riscos. Requer tarefas perigosas como perfurar rochas em regiões ultraprofundas, enfrentar pressões altíssimas e manipular volumes gigantescos de gás. 


O acidente que ocorreu em abril com a plataforma Deepwater Horizon, da petrolífera britânica BP, no Golfo do México, é um exemplo dos tipos de danos que qualquer erro no processo de perfuração das reservas do óleo podem causar.


O desastre matou 11 funcionários da empresa e causou graves prejuízos ambientais e econômicos na costa sul dos Estados Unidos, especialmente nos setores de pesca e turismo, além de abalar a popularidade do presidente Barack Obama e complicar as relações entre Washington e Londres. A BP tenta há meses, sem sucesso, estancar definitivamente o vazamento.

 O G1 consultou especialistas para saber quais são os perigos mais comuns e como a indústria de petróleo precisa agir em caso de emergências.


O professor Ricardo Cabral de Azevedo, doutor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Universidade de São Paulo (USP), compara a perfuração de um poço de petróleo à construção de um túnel: o caminho precisa estar pronto, reforçado e cimentado para que seja seguro o 'trânsito' de óleo por ali. Antes disso, qualquer fluido que entre no poço, como gás, detritos e o próprio petróleo é indesejado e representa risco para a exploração.


"Enquanto você está perfurando , está criando uma superfície rochosa em volta do poço que pode ser insegura", diz o professor.  "Então após perfurar cada trecho do poço, quando necessário, você desce um revestimento de aço para sustentar essa parede".

Os "invasores" mais perigosos nessa etapa da perfuração são o petróleo e o gás. "O mais perigoso é o gás, porque ele é muito leve, ele pode subir até a superfície", explica.

Tipos de acidente
Para o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn, a maior parte das medidas de precaução das petrolíferas busca evitar o vazamento de gás. "Hoje o que chama mais a atenção e é temido são os casos como o da BP, de vazamentos que terminam em explosão", explica.

De acordo com Azevedo, da USP, há dois tipos principais de acidente que podem ocorrer na perfuração do petróleo: o kick e o blow out. Os dois envolvem a invasão do poço por fluidos.
O 'blow out' é a pior situação possível para um poço de petróleo: pode provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções"
Ricardo de Azevedo

"O kick é quando entram fluidos no poço, não necessariamente chegando à superfície". Nesse caso, técnicos injetam  substâncias mais pesadas no poço para impedir que os fluidos saiam de controle.

O mais perigoso, no entanto, é o gás: leve, ele pode subir e alcançar o contato com a superfície mais facilmente. "Quando o gás chega à superfície você tem o 'blow out', que é a pior situação possível para um poço de petróleo: você tem vazamentos de fluidos para o meio ambiente que podem provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções".

Erros na BP
Meses após o acidente no Golfo do México, ainda não se sabe exatamente quais foram as causas do desastre. "Uma coisa que pode ter acontecido são falhas na cimentação, que permitiram que houvesse espaço para esse gás migrar por entre o cimento e chegar até a superfície.  É uma profundidade de 3 mil, 4 mil metros, na hora de cimentar você não está vendo o que está fazendo então você corre sérios riscos de não ter cimentado completamente", diz o professor, ressaltando que essa é apenas uma das muitas possibilidades de explicação para a tragédia.

Na opinião de Zylbersztajn, a petrolífera britânica investiu menos em segurança do que devia. "O que parece até agora é que eles (da BP)  foram mesquinhos em termos de gastos de segurança, a típica economia 'burra'. Economizaram X para depois gastar 50 x para consertar o desastre. É o tipo de economia que a Petrobras, considerada uma das melhores do mundo, não faz", afirma.

O professor Wilson Siguemasa Iramina, do curso de Engenharia de Petróleo da USP, diz que o verbo "economizar" é proibido no vocabulário de uma petrolífera.

"[A exploração de petróleo] É uma atividade de risco. A cada cinco poços, apenas um deve ter óleo e o gás. Os outros não produzem e não pagam o investimento. Todas as empresas têm que ter muito dinheiro para investir nisso", diz.

Para  Zylbersztajn, o descuido nos investimentos em segurança da BP é consequência também das falhas na fiscalização do setor nos EUA. "O governo americano na era Bush afrouxou muito as regras e a fiscalização. No Brasil, a ANP faz uma fiscalização bem mais rígida", diz.

Mudanças depois do desastre
De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, o acidente da BP representa um marco no mercado de petróleo, que passará a se preocupar ainda mais com a segurança na exploração.

"Qualquer exploração no mar daqui para a frente vai ficar muito mais cara. Primeiro porque as próprias seguradoras vão aumentar o seguro de plataforma.[...] Além disso, as próprias autoridades governamentais tendem a dificultar mais o licenciamento ambiental para explorar petróleo no mar, e a exigir equipamentos de maior grau de segurança. Isso tudo aumenta custos", afirma.

Apesar disso, ele afirma que a produção do óleo deve continuar a crescer, junto com a demanda pelo produto. "O grande desafio é descobrir como você aumenta a produção de energia com mais garantias ambientais, tendo menos acidentes e também emitindo menos gás carbônico", diz.

Controle dos estragos
Na iminência de um acidente ou explosão em uma plataforma de petróleo, a primeira alternativa é fechar o poço o mais rápido possível, explica Ricardo Azevedo. "Para isso você tem o chamado 'blow out preventer', que é um conjunto de válvulas feitas para fechar o poço em qualquer situação".
A BP tentou fechar o poço, mas infelizmente equipamento não funcionou"
Ricardo de Azevedo

No acidente da BP, essa tentativa foi feita, de acordo com o especialista da USP. "Quando eles (da BP) viram que o fluido estava chegando próximo da superfície, eles deveriam ter fechado. E eles tentaram fazer isso, mas infelizmente esse equipamento, o blow out preventer, não funcionou".

Conforme avalia Zylbersztajn, o ideal é que a BP tivesse mais de um sistema de segurança que pudessem ser acionados no caso de um vazamento como o ocorrido.

"O que faltou lá foi a redundância: quando uma coisa falha tem que ter outra para a mesma finalidade. Se um não funciona, o outro tem que funcionar", diz ele, que cita como exemplo de recurso que falhou o alarme da plataforma, que estava desativado no momento do acidente para não acordar a tripulação com falsos alertas. "O alarme poderia ter ajudado a salvar vidas".

Outra alternativa para amenizar estragos é a que a BP tenta concluir atualmente: perfurar poços de alívio, que podem demorar até três meses para ficarem prontos, estima o professor da USP.

"Você perfura poços ao lado do poço principal que vão 'matar' o poço, ou seja, vão injetar fluidos densos que vão interromper o fluxo de óleo. E depois logo em seguida vão preencher com cimento uma parte do poço dessa tubulação e vão vedar, ou seja, esse poço não vai produzir mais", afirma Azevedo.

O coordenador do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, Itamar Sanches, ressalta que em casos de acidentes como o da BP é fundamental garantir a segurança e assistência aos funcionários que trabalham nas plataformas.

"O que eu acho triste é que todo mundo fala no vazamento, na questão ambiental, que é importante também, mas ninguém fala nas famílias desses onze trabalhadores que morreram (no acidente da BP)", diz Sanches.

No Brasil
O professor Ricardo Azevedo lembra que já houve casos no Brasil em que foi preciso fechar um poço de petróleo em situação emergencial; um exemplo é o da plataforma da P-36. "A plataforma afundou mas não houve nenhum derramamento de óleo no mar, exatamente porque o equipamento para fechar o poço funcionou perfeitamente", diz.

Nas reservas de petróleo do pré-sal, localizadas em águas ultraprofundas, a perfuração é ainda mais difícil.

"No caso do pré-sal você tem águas ultraprofundas, até mais profundas do que essa do Golfo do México (do acidente com a BP). Você tem pressões altíssimas, suficientes para amassar o aço como se fosse uma folha de papel. A maioria dos equipamentos que o ser humano dispõe não funciona nessas condições. Um submarino muito antes de chegar nessa profundidade já é esmagado", explica.
No pré-sal, você tem pressão que amassa o aço como se fosse uma folha de papel "
Ricardo de Azevedo

Para o professor, no entanto, o domínio tecnológico e investimento em segurança utilizados no Brasil pela Petrobras são reconhecidos internacionalmente.

"Eu fico tranqüilo porque a nossa qualidade é uma das melhores do mundo, inclusive superior a essa que foi utilizada no Golfo do México, onde aconteceu o acidente. O Brasil e a Noruega são dois países que são referência nesse tipo de tecnologia", afirma.

Wilson Siguemasa Iramina, professor do curso de Engenharia de Petróleo da USP, diz que perfurar o sal em águas ultraprofundas é bem mais difícil do que perfurar rocha: qualquer movimento brusco ou mesmo o uso de fluidos pode fazer a estrutura desmoronar.

"O sal não se comporta como uma rocha, ele se mexe. As técnicas de usar fluidos à base de água, que são usados para preencher os furos com água e evitar que a parede caia, poderiam dissolver o sal e desabar a camada, fechando o poço", explica.

Amenizar impactos
Embora tenha níveis de segurança adequados, o Brasil deve se preocupar  em planejar e tornar conhecidos os planos de ação que serão adotados em caso de acidentes petrolíferos, afirma Zylbersztajn.

"A gente não pode apostar na infalibilidade de equipamento, não existe nada com risco zero. E como os impactos são muito grandes, a sociedade merece uma explicação do que seria feito no caso de um acidente. Ainda mais no pré-sal, em que a exploração é feita a 300 km da costa. Não se sabe como seriam transportadas pessoas, equipamentos, produtos dispersantes de óleo", diz o ex-diretor da ANP.

O G1 entrou em contato com a Petrobras para comentar seus procedimentos de segurança na perfuração do óleo, mas a empresa informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fusões ou Aquisições: O início de um novo ciclo


No mercado mundial e também no Brasil, uma nova safra de fusões e aquisições vem ganhando corpo após a crise financeira internacional. Esses rearranjos das corporações refletem a busca de formas mais competitivas de atuação. No entanto, o que impulsiona esses acordos ou torna um setor mais suscetível a movimentações?

Quando uma estratégia competitiva empregada por uma ou algumas empresas em determinado setor obtém efetivo sucesso, uma barreira é imposta aos demais concorrentes e também a possíveis novos entrantes. Essas barreiras podem estar sob a forma de economias de escala, diferenciação de produto, vantagem de custo (por exemplo, com integração vertical), necessidade de capital intensivo, acesso a canais de distribuição, etc. Somente haverá concentração se alguma barreira à entrada estiver levantada.

Adversidades temporárias podem empurrar concorrentes mais fracos para fora do mercado, porém ao menor sinal de recuperação essas empresas podem retornar à ativa. Por outro lado, mercados mais concentrados podem ser lucrativos para as empresas predominantes mesmo em tempos de crescimento mais lento, o que é um incentivo a mais para a concentração.

Inversamente, eventuais barreiras à saída podem trabalhar no sentido de desestimular associações entre empresas. Por exemplo, ativos duráveis, cujo difícil repasse reduz o número de potenciais compradores, podem ter valor tão diminuto para revenda que torne compensador aos olhos de seu proprietário continuar em atividade, apesar dos baixos retornos. Custos fixos de saída, como acordos trabalhistas e até mesmo razões emocionais dos proprietários ou diretores, podem dificultar a saída, apesar de perspectivas desfavoráveis quanto ao futuro.

Essas são análises cada vez mais pertinentes para se observar o que esta por vir. A crise financeira internacional em 2008 e 2009 encerrou um ciclo crescente fusões e aquisições. Rapidamente, porém, um novo ciclo já recomeçou.


Fonte: Portal Administrador / Marcelo Waideman

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A motivação está dentro de você

Será que a motivação nasce fora ou dentro do indivíduo? Será que os fatores extrínsecos podem motivar ou a verdadeira motivação depende de fatores intrínsecos? Conheça os caminhos que o levarão a despertar a motivação pessoal.

Se você é uma pessoa que fica esperando que o mundo externo a estimule, saiba que as chances de criar motivação em sua vida serão pequenas. No mundo empresarial, por exemplo, existe uma discussão sobre as possibilidades de se motivar ou não uma pessoa. Este artigo não tem a finalidade de alimentar a discussão, mas objetiva apresentar de forma resumida e simples aquilo que realmente promove a motivação pessoal.

A palavra motivação se auto-define como: MOTIVOS PARA AÇÃO. Então, quando você coloca motivos importantes nos diversos contextos de sua vida, aí sim as chances de criar motivação tornam-se maiores. Muitos estudiosos do comportamento humano já enfatizaram que um estímulo externo vai influenciar o estado de ânimo e de bem-estar, mas isso não significa que motivará uma pessoa. A motivação extrínseca, como descreve Joseph O´Connor (2000) no livro "PNL para Administradores", pode comprar o comportamento, mas não a motivação. A motivação é um processo interno muito mais duradouro que um simples estado de espírito.

As pessoas que são verdadeiramente motivadas, quando estão diante de um problema não desanimam, elas encaram os problemas como um desafio a ser superado como se fosse mais um degrau que as levará ao êxito. Os estímulos, ou os fatores extrínsecos, podem ajudar uma pessoa a alterar o estado de espírito, mas a motivação dependerá essencialmente dos motivos intrínsecos dela, principalmente dos significados que atribui às coisas que a cerca.

Cecília Bergamini, em seu livro "Motivação nas Organizações" (1997), diz que o significado que cada um atribui àquilo que faz é o que determina a motivação. Cada um de nós possui um referencial e será isso que realmente dará sentido. É por isso que muitas vezes o estímulo externo não provoca a motivação duradoura, pois poderá estar muito distante dos significados, dos valores e dos anseios que o indivíduo possui dentro de si.

O fator extrínseco nutre o desempenho a curto prazo, ele estimula as ações, mas pode inibir o indivíduo de buscar dentro de si os motivos que o movimentarão na direção do sucesso. É por isso que em muitas empresas o salário e as recompensas materiais duram pouco tempo, pois nutrirão comportamentos pró-ativos no curto espaço. O´Connor (2000) afirma que as pessoas não precisam estar motivadas de fora para dentro para realizarem uma tarefa que elas acham intrinsecamente interessantes. Sendo assim, fica evidente que a motivação extrínseca será diferente de pessoa a pessoa. O que funciona para um pode não funcionar para outro.

O tema motivação é polêmico, porém, há uma verdade em torno das discussões que o envolve: a realização de uma ação/comportamento determinada e comprometida depende única e exclusivamente da própria pessoa. Edson Gil, autor do livro Liderança e Competitividade (2003), aponta que a busca por um modelo certo para motivar um colaborador, procurando usar este modelo para outros também, já vem de muito tempo e com as pesquisas e teorias atuais percebe-se a impossibilidade de se motivar alguém.

Quantas pessoas que você conhece recebem apoios, estímulos, recompensas, mas não saem do lugar. A motivação delas dura pouco. Existem pessoas que possuem várias necessidades latentes e desejos como, por exemplo, um salário melhor, uma formação melhor, entre outros objetivos, mas passam boa parte da vida sem fazer nada para alcançar o que desejam.

É preciso compreender que satisfação e fatores de motivação não são a mesma coisa.Muitos vivem esperando que o mundo externo os satisfaça e não entendem que a busca pela satisfação é o que gera a motivação. Estar motivado é ter a falta de algo importante e significativo. Pode parecer estranha essa ideia, mas é exatamente isso que vai gerar a automotivação, pois uma necessidade não satisfeita é o que gera um determinado movimento em busca de saciar a mesma.

Preste atenção quando você associar estados de alegria, felicidade e entusiasmo com motivação, pois estará confundindo com a verdadeira motivação. É claro que quando se está motivado, esses estados são mais presentes porque a busca pela satisfação faz a jornada feliz e prazerosa, há um sentido nas ações que você está praticando. A motivação é caracterizada pelos comportamentos que desenvolvemos para buscar objetivos, atender necessidades e se autorrealizar.

Não fique esperando que as condições externas se tornem favoráveis para começar a agir e ter maior sucesso na sua vida pessoal e profissional. Siga essas dicas:
- Aja de acordo com os motivos que são importantes, os quais darão maior sentido à sua vida. Porém, escolha grandes motivos para mexer com o seu coração, não fique apenas escolhendo aquilo que é possível hoje, pois ao escolher o que é possível, em pouco tempo você vai conquistar. Então, faça escolhas maiores, escolha o que é impossível hoje, mas sabendo que no futuro deixará de ser impossível. Isso significa sonhar grande para que a motivação seja maior e verdadeira.
- Defina seus principais valores de vida e procure estar sintonizado com os seus apegos. Quando você se desalinha dos seus valores, acaba saindo da rota da motivação pessoal. Em que você acredita? Quais são os princípios que deixaria como herança para seus filhos? Aquele que tem um forte por que, pode suportar praticamente qualquer como (Friedrich Nietzsche).
- Faça um planejamento pessoal e defina metas que envolvam as áreas: profissional, financeira, familiar, conhecimento/aprendizagem, saúde, social, entre outras.
- Procure viver seus objetivos. Faça atividades que estejam ligadas àquilo que você tanto deseja. O gênio Albert Einstein já dizia que nada acontece até que algo se mova. Se ficar parado, nada acontecerá. Sendo assim, manifeste na realidade algo que o aproxime daquilo que sonha.
- Faça valer à pena, cada momento de sua vida. Às vezes, a vida parece que passa diante de nossos olhos e quando percebemos muito tempo já se passou. Então, procure fazer valer à pena, antes que seja tarde. Respire, observe, escute e sinta cada momento, se conecte com as coisas que o cerca. Viva em estado de presença. Não é quanto a vida dura que importa, mas a sua profundidade (Ralph Waldo Emerson).
- Se afaste de pessoas negativas, mal-humoradas e desmotivadas. "Se você almeja alçar voos de águia, não fique preso em terreiro de peru".

Portanto, comece a desenvolver sua motivação intrínseca dando mais valor aos seus desejos e valores significativos. Não seja mais um que fica esperando que algo de fora aconteça para começar a se auto-motivar. Zig Ziglar tem uma frase que se encaixa muito bem nesse conceito de auto-motivação: "As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho e é por isso que ele é recomendado diariamente".

Fonte:  Site RH.com / Cersi Machado