sexta-feira, 27 de maio de 2011

Investidores estrangeiros apostam no Brasil

O megainvestidor do setor imobiliário Sam Zell, dono da Equity International, já disse que o Brasil seria sua escolha se tivesse de fazer uma única aposta nos próximos anos. Seguindo os passos de Zell, investidores estrangeiros têm dirigido um novo olhar para a construção civil brasileira. Ingleses, portugueses e espanhóis passaram a considerar mais atentamente a possibilidade de investir em prédios residenciais e comerciais nos grandes centros do País como um bom destino para o seu dinheiro. Para unir projetos e oportunidades a esses investidores, a Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit), que nasceu há seis anos promovendo investimentos imobiliários no nordeste, realiza em maio a sexta edição da feira Adit Invest, que agora abrange território nacional e espera movimentar R$ 2,3 bilhões nos três dias de evento.

"Esse número representa um crescimento de 30% ante os negócios realizados em 2010, e deve-se principalmente ao bom momento do mercado imobiliário brasileiro, que está sendo reconhecido mundialmente", afirmou Luiz Henrique Lessa, presidente da Adit.

Para o executivo, os investidores estrangeiros estão prontos para entrar no território nacional e o Brasil está se preparando para recebê-los. "Notamos um crescimento notável de demanda entre os investidores estrangeiros, muito porque o Brasil agora possui uma política e economia estável e está em destaque, mas também porque temos uma classe média que consome muito em termos de espaço", disse.

Para Henrique Lessa, as principais oportunidades de negócios estão principalmente, em centros de logística e distribuição, shoppings e moradia para baixa renda. "Com o bom desempenho econômico do Brasil, vê-se cada vez mais necessidade de novas moradias e galpões para logística e distribuição", afirmou.

Europa e China

Para o presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, o interesse por investimento vem principalmente dos europeus e dos chineses que atuam na Venezuela e querem se instalar no Brasil. Ele conta que há cerca de três meses recebeu do Consulado da China uma sondagem em nome de dez empresários, a metade dos quais estava de olho no segmento habitacional econômico. Entre as empresas que fizeram negócios no Brasil em 2010 está o fundo de investimento inglês Charlemagne Capital, que negociou, junto da alagoana Record Engenharia, a construção de um edifício de 312 unidades. Já a britânica RG Salamanca foi além, e fechou com a Ecocil, do Rio Grande do Norte, 14 prédios para a classe média, num total de 1.311 unidades. E já estão nos planos da dupla 25 mil unidades para o "Minha Casa, Minha Vida". Os portugueses do grupo Avistar se associaram à construtora Teto Planejamento para erguer um prédio de 110 apartamento para classe C. Mesmo com todo o otimismo dos investidores, o presidente da Adit destaca apenas um gargalo para a atração de mais investidores internacionais: a dificuldade de conseguir linhas de crédito. Para Lessa, ainda há muito que caminhar na conversa entre governo federal, bancos e investidores para que se encontre um denominador comum. "Já estamos sendo ouvidos, e isso é um bom sinal. Mas ainda é necessário que sejam criadas facilidades dentro dos bancos para motivar o investidor estrangeiro", diz o presidente da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário.

No mundo

O crescimento dos investimentos estrangeiros não é tendência só no mercado brasileiro. Uma recente pesquisa da Jones Lang LaSalle na área de Global Capital Markets, aponta o volume global de investimento imobiliário estrangeiro cerca de 60% maior em 2010, ante 2009, com cerca de 40% (US$ 130 bilhões) de todo o investimento direto em imobiliário no mundo. O número é equivalente ao de 2006, quando houve um boom imobiliário mundial. No continente americano, os investimentos duplicaram de 2009 a 2010, pulando de US$ 14 bilhões para US$ 31 bilhões.

Para Lorena Gomes Leite, especialista em investimentos imobiliários e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o aumento possui dois grandes prismas. "Muitos investidores europeus encontraram uma oportunidade nos EUA, devido a desvalorização dos imóveis lá. Investir em um prédio comercial em Manhattan e gastar US$ 40 milhões tornou-se altamente atrativo. Além disso, o Brasil também foi de suma importância para este número, já que o País tem trabalhado com políticas de promoção e atração de investidores internacionais", explica.

Otimismo

Outro importante termômetro do setor é a pesquisa global trimestral realizada pela Colliers International, em que grande parte dos mercados imobiliários mundiais está em alta. O estudo aponta que o Brasil, inclusive, paira como um dos mercados imobiliários emergentes mais atrativos para investidores estrangeiros, ao lado de países como Polônia e Ucrânia. "Hoje, ser um País emergente com estabilidade econômica é extremamente positivo", afirmou Lessa, que continuou: "Parece batido afirmar isso, mas a classe média é de suma importância para este resultado. A classe C nunca viajou tanto, nunca comprou tanto imóvel como com o programa do Governo Federal ´Minha Casa, Minha Vida´". De acordo com a pesquisa, 60% dos entrevistados demonstraram interesse em ampliar sua carteira imobiliária nos próximos 12 meses. "A maioria dos entrevistados demonstrou otimismo no mercado imobiliário global", observa Ricardo Betancourt, presidente da Colliers no Brasil.

Dentre os investidores que pretendem ampliar sua carteira, 70% o fariam em seu próprio país e 30% afirmaram que considerariam ir além de seu mercado doméstico. Na pesquisa anterior, feita no primeiro trimestre deste ano, 20% dos entrevistados demonstraram interesse em investir fora dos seus mercados. Os locais mais mencionados para investimentos estrangeiros foram Nova York, Chicago, São Francisco, Washington, Londres, Sydney, Cingapura e Hong Kong.


Por Paula Cristina

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Competência e ética no mercado do administrador

Um profissional formado neste curso tem um leque de oportunidades em diversos setores. De acordo com o artigo 3° do decreto 61.934/67 que regulamenta a profissão, as áreas de atuação para este profissional englobam analises, estudos de campo, pesquisas, administração, planejamento, projetos, organização e outros com bons salários.
 
Nesse contexto surge uma pergunta: Como fazer para vencer no mercado de trabalho aliando a competência e ética?

Na busca desenfreada por cargos altos, de confiança, status e reconhecimento, muitas vezes a ética é deixada de lado.

O profissional tem de aliar o conhecimento adquirido, a pratica, junto à competência e ética. Estas últimas ajudam o mesmo a organizar seu sistema de valores e ir de encontro com o código de ética da profissão. Ao final de sua formação acadêmica, o administrador faz um juramento, que indica sua adesão e comprometimento com a categoria profissional.
 
A ética está ligada à atitude e postura respeitosa e correta do profissional. Todo administrador deve respeitar ao próximo, respeitar a concorrência (se quiser superá-la, isso deve ser feito de maneira correta, criando estratégias para isso e não se atrelando a sabotagem), seus clientes externos e internos, sabendo valorizar as pessoas, atendendo as suas necessidades.

Ao assumir um compromisso com outrem, as questões individuais devem ser deixadas de lado, priorizando assim atingir as metas da Organização. Faz parte das atividades do administrador planejar metas, criar meios de atingi-las e administrar o processo de consecução das mesmas.
 
Como a Organização é um sistema aberto e interage com o ambiente, faz-se inerente ao administrador ético trabalhar não apenas o desenvolvimento organizacional, mas também a responsabilidade social.
 
Existem leis e obrigações que devem ser cumpridas. Muitas são as empresas que além de focarem suas atividades principais, ajudam a desenvolver o ambiente em que estão inseridas. Promovendo programas de ações sociais, ajudando instituições e ONG´s. Dentro da empresa, tal fato se aplica em relação a motivação dos funcionários, ao trabalho em equipe, em trazer as melhores ferramentas de trabalho, proporcionar educação e qualificação.

Os administradores que deixam a ética e seus valores de lado, muitas vezes acabam se envolvendo em falcatruas, esquemas de corrupção, sonegação de impostos e outras irregularidades diversas.

Outras qualidades indispensáveis ao profissional ético é a honestidade em suas ações; ser fiel aos princípios da empresa e da vida; saber respeitar as opiniões de terceiros (pois muitas vezes elas se constituem como melhorias e diferenciais); ser leal aos objetivos organizacionais; ser coerente e ter a consciência que deve estar sempre em busca do conhecimento, pois vivenciamos a era da informação; ter perseverança e lutar pelo seu futuro e apresentar uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar apenas restrito às tarefas que foram dadas a você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho.
 
Devido as mudanças repentinas, é necessário estar aberto a elas e ser receptivo, evitando estagnação.
 
Como foi supramencionado: a busca do conhecimento é essencial. Após realizada uma graduação, é viável procurar se especializar em uma área, fazer cursos de pós-graduação, MBA, aprender inglês (hoje é uma ferramenta para se manter no mercado, línguas de paises emergentes como China e Índia devem ser levadas em consideração, devido ao crescimento em que se encontram. Ter uma rede de contatos ou networking, que o ajudará a estabelecer parcerias e negócios.
 
É imprescindível estar bem informado, acompanhando não só as mudanças técnicas, mas também as de sua área, se aprimorar constantemente, usar de flexibilidade, fidelidade, correção de conduta e boas maneiras.

Um comportamento ético atrelado ao conhecimento permanece ainda como fatores que levam ao sucesso.

 
Fonte:  Administradores.com / Carlos Robson C Cunha Junior