terça-feira, 31 de agosto de 2010

Última edição impressa do JB destaca versão digital e artigo de Lula. Publicação diz que nova fase visa diminuir custos econômicos e ambientais e que contará com 150 colaboradores


A última edição impressa do Jornal do Brasil, publicada nesta terça-feira (31), apresenta ao leitor uma idéia de como será o futuro de um dos maiores símbolos da imprensa brasileira. O jornal traz na capa uma chamada destacando a nova fase com o título “JB Digital vai estrear com artigo de Lula”. Se apresentando como “o primeiro jornal 100% digital do país”, a publicação informa na página três, da editoria País, que contará com uma equipe de 150 colaboradores.

Na reportagem, o JB explica o motivo pelo qual optou pelo fim da versão em papel. “Nesta era de leitores digitais e de internet, acrescida pela problemática ecológica, a ampla consulta que realizamos sobre o futuro confirmou que a maioria quer modernidade”. O Jornal informa ainda que os custos econômicos e ambientais do papel são insustentáveis e desnecessários. Como exemplo, ele cita que em um ano da versão digital será preservada uma área florestal correspondente a mais de 1.200 Maracanãs.

A publicação lembra que, em 1995, foi a primeira a ter uma versão na internet e garante que sua linha editorial não sofrerá mudanças. “Apesar do que vêm propagando alguns poucos mal informados, o Jornal do Brasil está caminhando para uma nova e melhor fase”.

Ainda na página três é possível ler comentários positivos do Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, e as três principais características da versão digital: tempo real, interatividade e blogosfera, com difusão vasta de blogs e artigos além do primeiro jornal produzido 100% por leitores, o JBWiki. Na quarta-feira (1) a edição on-line trará um artigo do presidente Lula.

Nas páginas oito e nove, o JB traz um grande anúncio da versão digital (jb.com.br), elevando as qualidades da edição 100% on-line. O restante da publicação traz colunas, editorias e reportagens sem maiores alusões ao término do impresso.

Crise financeira

O Jornal do Brasil enfrenta desde a década de 1990 uma realidade de dívidas, perda de vendas e demissões em série de jornalistas. O iG antecipou em 30 de junho a informação sobre a suspensão da versão impressa.

O JB foi descredenciado do Instituto Verificador de Circulação (IVC), órgão responsável por auditar o número de exemplares vendidos das publicações brasileiras. Atualmente, a estimativa é de que o JB venda 17 mil exemplares durante a semana, em um momento que os jornais brasileiros crescem 2% em vendas.


Fonte: Portal IG/Economia/RJ



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Como reduzir fraudes no mundo corporativo

Temos nos deparado mais frequentemente com notícias de fraudes contábeis, de informações nebulosas, entre outras irregularidades corporativas. Sabemos que o tema é polêmico e motivo de muita discussão profissional e acadêmica. Mas será que somente o controle por parte da alta administração será suficiente para reduzir ou minimizar os riscos de fraude? Será que a conduta moral ainda é insuficiente para mudança de procedimento no mundo corporativo?

O fato é que o assunto é dependente da vontade da organização e dos profissionais envolvidos no operacional. Seria muito importante que a conduta moral fosse prática ativa das pessoas. Isso facilitaria os procedimentos internos, sem a interminável busca por controles mais eficientes e que venham salvaguardar os ativos da empresa. Mas porque as fraudes continuam aumentando?

A ausência de conduta moral está cada vez mais em evidência, seja na vida privada ou pública. A questão vai além da governança corporativa, controles internos e contábeis (este último tão fragilizado), e gestão de riscos. Acreditamos que já é uma questão de estudos de comportamento humano universal. Até mesmo na religião nos deparamos com a ausência de índole e moral.

Com tudo isso, devemos educar os nossos filhos de forma diferente. As escolas necessitam discutir mais a questão ética. Mas se os pais não têm entendimento do assunto, como vão repassar a alguém? As faculdades deveriam expor melhor tais procedimentos na área, embora se imagine que os alunos devam trazer esta característica dentro de cada um.

Portanto, de nada adianta gestão de riscos e controles internos, se a alta administração, gestores e colaboradores não possuem uma conduta profissional e ética como algo realmente relevante. Afinal, se a prática das pessoas acontecesse dentro de um perfil moral mais confiável, os controles internos não necessitariam ser tão burocráticos e, em certos casos, até mesmo quase inviáveis - e mesmo assim as fraudes acontecem.

Os órgãos reguladores vêm publicando nos últimos tempos regras normativas que buscam implementar melhores procedimentos na prevenção a fraude e a riscos inerentes ao negócio, mas mesmo assim as irregularidades acontecem. Por isso, insistimos na pergunta: como reduzir fraude no mundo corporativo? A resposta esta dentro de cada um de nós.


Fonte: Infomoney / Marcos Assi

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Você está satisfeito com sua criatividade? O que você faz quando precisa ser mais criativo?


A revista NewScientist publicou, no último dia 30 março, um estudo que avalia o funcionamento cerebral de 72 voluntários. Ele sugere que quanto mais lenta a comunicação entre algumas áreas do cérebro, mais criativa uma pessoa se torna. Esse ritmo mais lento permite conexões entre ideias muito diferentes.

Em uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Rex Jung, professor do departamento de Neurocirurgia da Universidade do Novo México (EUA), um dos autores desta pesquisa, disse:
“A ideia criativa é normalmente descrita como algo vindo de um processo lento (ao tomar banho, ao acordar de um sonho, etc.). Parece que esses pensamentos mais lentos permitem que mais ‘nós’ do cérebro sejam conectados em formas mais novas e úteis, em contraste com o processo rápido de raciocínio que permite a alguém ter rapidamente uma resposta ‘certa’: a que já é conhecida”.

Para entendermos como isso funciona na prática, basta olharmos para uma criança. Eu tenho um filho de seis meses, e esta semana brincando com ele no chão da sala observei quando ele viu o jornal que estava em cima do sofá. Imediatamente ele engatinhou, ou melhor rastejou, pois ainda não sustenta o peso do corpo nos joelhinhos, e esticou o braço direito para alcançá-lo mas perdeu o equilibrio e caiu. Logo comentei com meu marido, que assistia a cena, “Ele acha que irá pegar o jornal, vê se pode? …” . Ele tentou uma, duas, três vezes sem sucesso, até que na quarta vez descobriu que esticando o braço esquerdo, que estava apoiado no chão, o direito poderia alcançar o jornal, e assim o fez.

O que pude aprender com essa situação foi:

   1. Para sermos criativos devemos ter claro o que queremos atingir.
   2. A necessidade fornece impulso positivo para o desenvolvimento de soluções criativas.
   3. Temos que ter muito cuidado com nossas crenças (Ele acha que irá pegar o jornal …), pois as irracionais podem duvidar da capacidade de se atingir o objetivo e “cortar” o fluxo criativo do pensamento.
   4. Criatividade tem a ver com explorar o desconhecido, e para isso precisamos ter em mente que frequentemente podemos errar. Tentar e errar faz parte do processo criativo.

O que acontece é que muitas vezes pelo receio do fracasso, nós adultos, acabamos não insistindo diante uma falha, ou pior, às vezes nem tentamos.     Só que cada vez que temos um resultado malsucedido, mais enriquecemos nossa percepção pois estabelecemos mais ligações de causa e efeito e mais identificação de correlações. Thomas Edison dizia: “Eu não fracassei, apenas encontrei 10.000 maneiras que não funcionaram”.

Alguns obstáculos para a criatividade:

    * No ambiente competitivo e aceleradíssimo em que vivemos hoje, temos a tendência de ficar no piloto automático para decidir, quase tudo, de forma mais rápida;
    * Dificuldade em lidar com a frustração de errar antes de acertar;
    * Sair da zona de conforto se está tudo bem com meu trabalho. O ser humano tem a tendência de poupar toda e qualquer energia para se preservar.
    * Somos educados para não sermos criativos, ao longo de nossa vida, nos diversos ambientes ao nosso redor, nos deparamos com muitos bloqueios mentais que podem inibir a nossa criatividade: família, escola, empresas, etc 

A boa notícia é que da mesma forma que fomos educados para não sermos criativos, podemos nos propiciar um caminho inverso. Para isso é importante que nos desafiemos continuamente e estejamos preparado para quebrar alguns paradigmas (e eventualmente a cara)…

De acordo com o professor Richard Florida, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburg na época atual a capacidade de realizar as tarefas corretamentes não é mais a mercadoria que os empregados vendem às empresas. Na era criativa, diz Florida, as pessoas vendem, acima de tudo, sua capacidade de pensar.
Então, vamos para a prática.

Como posso desenvolver mais a criatividade em meu dia a dia?

    * Seja curioso: evite reproduzir tarefas mecanicamente, isto faz parte dos papéis e responsabilidades de uma máquina. Busque as causas, os porquês, as implicações.
    * Dedique-se a algo para o qual não foi treinado. Fale com pessoas que não pertençam a seu círculo profissional para abrir seu ângulo de visão. Identifique uma habilidade extra-profissional que ajudará muito a interpretar as oportunidades de maneira diferente.
    * Questione. Não existe inovação sem as perguntas: Por que ? Por que não ? E se ?. Peter Drucker já dizia que o importante não é ter as respostas certas mas saber fazer as perguntas corretas.
    * Bom humor ajuda a olhar os problemas de maneira diferente
    * Seja ousado. Pense naquilo que deve ser feito para satisfazer as causas dos problemas e não no que é permitido ser feito. As conciliações, adaptações e concessões fazem parte de uma segunda etapa.
    * Invista em ter ideias: associe, combine, modifique, adapte, aumente, diminua, substitua, reorganize, inverta as ideias que você têm. As combinações são infinitas. Steve Jobs costuma falar “Criatividade é conectar as coisas”
    * Faça outra coisa quando as ideias de esgotarem. Um café, uma caminhada, um banho relaxante favorecem a mudança de foco, a busca de outra perspectiva.
    * Nunca se contente com a primeira ideia que lhe ocorrer. Busque outras, outras e muitas outras e escolha a melhor.
    * Estimule seu cérebro também nas horas de lazer. Leia bastante, frequente cinema, teatro, exposições, toque um instrumento musical, viaje para conhecer outras culturas e tenha um hobby que exige atenção constante (esporte radical, jogos de computador, etc…). 

Lembre-se, o núcleo do processo de aprendizado é a transformação de ações inefetivas em ações efetivas. Para isso é preciso encarar de frente uma situação insatisfatória presente para transformá-la em uma oportunidade de desenvolvimento e AGIR para transformá-la em satisfatória. Este é o círculo virtuoso que me trará mais tranquilidade, confiança e CRIATIVIDADE!   E você o que fará para aumentar sua criatividade no dia a dia?

Para saber mais:
    * Um “Toc” na Cuca – Roger Von Oech, Editora de Cultura, 1988
    * The Rise of the Creative Class. Richard Florida. Editora Basic Books – 2004
    * Creative Mind. Margaret A. Boden. Editora Routledge-USA – 2003


 

Fonte:   Patricia Wolff, autora de “Competências”




sábado, 14 de agosto de 2010

Qual o buraco negro da sua empresa?

Quero propor uma forma produtiva para ser realizada a gestão das suas metas corporativas. Classifico esse conceito de blackhole, ou buraco negro, traduzido para o português, remetendo a similaridades conceituais da sua definição astronômica. Explico essa relação de maneira muito simplista. Um buraco negro é uma região no espaço que contém uma enorme quantidade de massa concentrada que nenhum objeto consegue escapar de sua atração gravitacional. Ou seja, é uma área de tamanha intensidade de foco que tudo é "sugado" para esse ponto.

Mas, podemos definir este conceito como uma metodologia a ser aplicada dentro de uma empresa. Como? Podemos pensar que uma blackhole é a meta mais importante e fundamental da empresa, que guia a ação de todas as outras metas ou projetos. É basicamente o alvo de toda a estratégia que o empreendedor vai definir para que, assim, atinja o seu objetivo final.

Muitas empresas criam dezenas de metas para o ano que, na maioria das vezes, são mal definidas, ou mal interpretadas, e trazem um plano de ação desconhecido. Em metas, quanto menor o número almejado, maior a execução. O conceito de blackhole simplifica essa estratégia: uma meta principal que guia todas as outras.

Isso não significa que a sua empresa terá apenas uma meta, ela pode ter mais. Mas, é importante lembrar que todas elas devem ser complementares à meta mais importante da empresa, cuja esta será única e dará foco total aos colaboradores da organização. Podemos fazer uma analogia da imagem de um organograma: a blackhole estaria no nível mais alto e, abaixo dela, seriam desenvolvidas metas secundárias ou projetos de execução que ajudarão na realização do fim a que se dirigem as ações do grupo.

E como descobrir a principal meta? Você deve simplesmente entender que o principal objetivo de uma empresa com fins lucrativos é gerar lucro aos empreendedores ou acionistas. Isso significa que a meta blackhole deve estar sempre ligada a resultados financeiros de alguma forma. Se a meta mais importante da sua empresa não remete à finança, possivelmente ela é uma ONG (Organização Não Governamental) ou qualquer outro tipo de entidade sem fins lucrativos.

E qual os benefícios em aderir a este sistema? As empresas que adotam a estratégia blackhole, conquistam diversas vantagens. Primeiro, facilita a comunicação entre equipes, coordenadores e diretores referente ao objetivo da instituição, alinhando a equipe, evitando confusões e, com isso, as desculpas de desconhecimento da meta corporativa é finalizada. Outro acréscimo para a empresa é a facilidade de mensuração do progresso da meta e acompanhamento através dos projetos de suporte. Estes projetos são as tarefas de grande duração que serão executadas ao longo dos meses para apoiar a realização da meta mais importante. Se seguir boas práticas para gestão de projetos, as atividades terão mais controle e capacidade de gestão, o que muitas vezes não acontece na gestão de metas.

Pense sobre esse conceito, onde um objetivo maior atrai a realização de metas menores, assim como o blackhole. Converse com seus sócios e apresente a ideia à diretoria. Faça com que cada um se pergunte: qual o nosso buraco negro que merece todo o foco e energia? Que projetos ou submetas suportam a execução dessa meta? Experimente o processo e veja os resultados!


Fonte: Infomoney/Christian Barbosa

sábado, 7 de agosto de 2010

Prática do "job rotation" visa a acabar com escassez de talentos nas empresas


A escassez de talentos no mercado de trabalho vem tirando o sono de alguns gestores, os quais não encontram para as mais variadas posições da empresa profissionais capacitados. Com o objetivo de reverter esse quadro, parte das organizações adota uma prática característica da década passada: o "Job Rotation".

Trata-se de um sistema baseado em rodízio de funções e que dá ao profissional a oportunidade de conhecer as mais distintas atividades exercidas dentro da própria empresa.    Oriunda dos anos 90, sobretudo quando muitas companhias passaram a utilizá-la se valendo do "boom" causado pela globalização, a metodologia tornou-se muito comum nas funções de estagiários e trainees.    "Por ser uma demanda que contempla os profissionais com motivação e rápido aprendizado, os jovens que ainda não haviam optado por um caminho sentiram-se atraídos pela prática", afirma a diretora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Neli Barboza.

Novos ares
No entanto, a prática não está sendo mais direcionada apenas aos jovens, mas sim aos profissionais já graduados e que precisam de uma formação breve e eficaz. Esta é uma forma encontrada para suprir a falta de talentos.    "A meta hoje é contratar pessoas com talento, que detenham um conjunto de potencialidades muito alto. A partir daí, torna-se necessário treiná-las, para que encontrem o espaço dentro da corporação", explica Neli.

Erra quem acha que o "Job Rotation" serve apenas para acalmar os ânimos dos funcionários insatisfeitos com a atual posição. Na avaliação da diretora, a prática é utilizada como forma de provocar uma "alternância de áreas, e não de cargos". Por isso, não adianta integrar um funcionário desmotivado no programa, pois o efeito esperado não será surtido.
"Para o sistema dar certo, a empresa tem de definir seus planos e expectativas em relação ao processo e direcioná-lo para a estratégia dos negócios", afirma Neli, que ressalta que, sem planejamento, pode ocorrer de uma pessoa ir para outra área e, sem conhecê-la, promover mudanças que podem ser negativas.

Rodando!
Segundo a diretora da Ricardo Xavier, o "Job Rotation" é uma boa prática tanto para a organização quanto para os profissionais. Isso porque a primeira irá se servir de colaboradores preparados para assumir posições em um curto espaço de tempo, além de estarem gabaritados para tomares decisões nas diversas áreas internas.

Já com relação ao profissional, todo o aprendizado e motivação que ele irá receber o fortalecerá com a ampliação da sua visão estratégica da empresa. É nessa hora que esse funcionário poderá descobrir aptidões e até mesmo dar um novo direcionamento à sua carreira.    "Além de trazer motivação, as pessoas se sentirão privilegiadas pela ampliação de seus conhecimentos, o que significa, para o gestor, ter um grupo de profissionais mais fortes e engajados com a empresa", avalia Neli.

De acordo com ela, ainda se encaixam nesses conjuntos benéficos a redução do turn over e da busca por mão de obra no mercado. 


Fonte: Infomoney

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O que fazer com 1 milhão de reais Quanto é preciso poupar para chegar milionário à aposentadoria? É melhor receber uma renda vitalícia ou fazer resgates livres?

Um milhão de reais. Quem começa a levar a sério o planejamento para a aposentadoria geralmente tem essa cifra como objetivo. Isso porque, no imaginário coletivo, virar milionário significa ter uma velhice tranqüila. Há um apelo emocional no número, sem dúvida, mas 1 milhão de reais não é um valor à toa. Apenas os rendimentos de uma aplicação como essa podem ser de 60 000 reais por ano - ou 5 000 por mês -, numa projeção conservadora.

Economizar essa quantia não é fácil. Estimativas de analistas indicam que é preciso aplicar 950 reais por mês durante 30 anos para chegar aos 65 anos com 1 milhão de reais no banco, por exemplo. Só guardar dinheiro, porém, não basta. É preciso montar uma estratégia para utilizar essa poupança da melhor forma na aposentadoria. Uma decisão que o investidor precisa tomar é se ele quer receber uma renda vitalícia ou não.

Receber uma renda vitalícia significa transferir para uma seguradora os recursos que acumulou em diversas aplicações - ações, fundos, planos de previdência etc. A seguradora calcula quanto vai pagar por mês para o investidor em função de sua expectativa de vida, que é medida com base em parâmetros internacionais. Para a seguradora SulAmérica, por exemplo, a expectativa de vida de uma pessoa de 50 anos, hoje, é de 82 anos. Na ponta do lápis, isso significa que, se ele tiver 1 milhão de reais, receberá da SulAmérica uma renda vitalícia de 5 000 reais.

Essas projeções freqüentemente são alvo de críticas. Como elas são feitas com base em informações internacionais - porque não há estimativas brasileiras -, investidores e empresas dizem que elas não refletem a realidade. Por isso, muitos poupadores preferem programar seus próprios resgates, em vez de contratar uma renda vitalícia. A estratégia vale a pena para quem acredita que precisará do dinheiro que acumulou por menos tempo que o calculado pela seguradora. O investidor que tem 1 milhão de reais no banco, por exemplo, conseguiria sacar 6 000 reais por 20 anos.

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Fonte: Exame/2005 - Giuliana Napolitano