sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quanto custa investir em ações - Saiba quais são as taxas cobradas pelas corretoras e pela Bolsa para a compra e venda de papéis

Quem investe em ações deve pagar taxas à corretora e à própria Bovespa.

São Paulo - Erra quem decide contratar uma corretora apenas de acordo com o menor preço de envio de ordens para compra e venda de ações. Estrutura de aconselhamento, distribuição de relatórios de analistas, realização de cursos, ajuda na montagem de operações para a proteção da carteira e estabilidade do sistema são alguns diferenciais importantes que tornam determinadas corretoras mais interessantes do que outras.

Uma forma inteligente de economizar é usar apenas o home broker, a plataforma eletrônica de negociações de ações via internet. Em geral, as taxas de corretagem saem mais baratas que aquelas cobradas para clientes que operam pela mesa de operações. No primeiro caso, a corretagem costuma ser fixa, enquanto que, no segundo, normalmente é cobrada uma porcentagem sobre o volume movimentado acrescida de um valor fixo, segundo tabela sugerida pela Bovespa.

Tabela Bovespa - corretagens sugeridas por operação

Valor movimentado                           Taxa de corretagem

Até R$ 135,05                                          R$ 2,70

De R$ 135,06 a R$ 498,61                             2%

De R$ 498,62 a R$ 1.514,68                     1,5% + R$ 2,49

De R$ 1.514,69 a R$ 3.029,37                   1% + R$ 10,06

Acima de R$ 3.029,38                             0,5% + R$ 25,21

Fonte: Corretoras (nota: médias entre as Corretoras)

Segundo esse sistema de cobrança, as operações em home broker saem mais em conta para os clientes que operam apenas uma vez ao dia, independentemente do valor movimentado, ou para aqueles que costumam operar quantias maiores várias vezes ao dia. Por exemplo, na corretora Ágora, a taxa no home broker é de 20 reais por operação executada, sem mínimo diário, ao passo que, na mesa de operações, é usada a tabela Bovespa com um mínimo de 40 reais por dia.

Além da corretagem, algumas corretoras costumam cobrar mensalmente uma taxa de custódia, que cobre custos operacionais junto à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CLBC). Em troca do serviço, a CBLC faz o registro de todas as operações realizadas na bolsa, garantindo que alguém que comprou uma ação terá o ativo até que decida vendê-lo. Porém, nem sempre é feita essa cobrança, já que algumas corretoras isentam investidores mais ativos dessa taxa. O investidor, no entanto, não tem como escapar dos emolumentos, que são taxas cobradas pela Bovespa pela intermediação das negociações. Os valores dependem do tipo de operação. Em alguns casos, a bolsa dá descontos para os investidores mais ativos. Mas não há diferença entre as taxas cobradas sobre as operações feitas por home broker ou via mesa de operações.

O mapa das corretoras

A gama de serviços e de preços no mercado de home broker é bastante ampla. Numa mesma plataforma já é possível, em muitas corretoras, operar ações na Bovespa, minicontratos futuros na BM&F, títulos públicos via Tesouro Direto e quotas de fundos. O investidor pode ter acesso ainda a análises gráficas e fundamentalistas, notícias do mercado financeiro e cotações em tempo real, além de ferramentas como calculadora do Imposto de Renda, rastreadores de tendência, customização de tela e acesso via celular. Em geral, quanto mais sofisticado é o serviço, maior será a taxa cobrada do investidor.

Algumas corretoras apostam em diferenciais. A Link Investimentos, por exemplo, oferece cursos e palestras gratuitos para o pequeno investidor. Já a Alpes/Wintrade investe nos cursos online. A Ágora transmite programas de TV online diários e a Banif, que só opera via home broker, beneficia os clientes que operam com frequência, isentando-os de corretagem a partir da 81ª ordem do mês. A Spinelli/Investbolsa disponibiliza análises gratuitas, treinamentos presenciais e online e um canal de bate-papo individual entre investidor e analista, diferente dos usuais chats públicos de home brokers. E a TOV é conhecida pela menor taxa de corretagem do mercado - apenas 5 reais por operação executada.

O Portal EXAME fez um levantamento com algumas das principais corretoras do mercado, levando em conta as taxas cobradas, a estrutura de atendimento e os canais de comunicação com os analistas. Foram considerados as cinco maiores em volume de negócios via home broker no ranking da Bovespa - Interfloat, Ágora, Banif, TOV e XP Investimentos - e outras cinco corretoras bem avaliadas pelos clientes quanto ao home broker e ao custo-benefício, segundo a última pesquisa da Infomoney - Alpes/Wintrade, Um Investimentos, Link Investimentos e Spinelli/Investbolsa. As informações não fornecidas foram consideradas confidenciais pelas empresas consultadas.

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Fonte: Exame.com



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Saiba o que é mito e o que é verdade na busca por um emprego

Idade atrapalha? Ter filhos é um problema? E as redes sociais? Especialista responde dúvidas e dá dicas que podem ajudar bastante na busca por um emprego

Quando o assunto é a busca por um novo emprego, muitas dúvidas surgem na cabeça dos candidatos. Aqueles que acabaram de ter filhos sofrem com a possibilidade de o empregador não querer pessoas com crianças pequenas. Outros, mais velhos, temem ser preteridos por conta da idade. Mas será que esses fatores realmente contam?

Para esclarecer estas e outras dúvidas, o InfoMoney consultou a headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Juliana Gomes. Veja, abaixo, as respostas.

Idade atrapalha?

Segundo Juliana, quando o assunto é idade, as pessoas temem ser preteridas por serem mais velhas ou serem novas demais. Neste último caso, sobretudo, se estiverem pleiteando um cargo de liderança.

Entretanto, de acordo com a headhunter, tudo depende da posição e do perfil da empresa. “Não adianta querer colocar um profissional mais jovem para liderar pessoas com perfil sênior, por exemplo, e vice-versa”.

Ter filhos é um problema?

A questão de que as empresas não querem contratar pessoas com filhos, sobretudo pequenos, é um mito, afirma a especialista.

De acordo com ela, cada vez mais, as empresas estimulam a qualidade de vida do profissional e esperam que ele saiba administrar o tempo. “A questão é de maturidade de administração”.

Morar longe pode?

A distância e especialmente o tempo de deslocamento entre casa e trabalho são fatores nos quais as empresas prestam atenção, ganhando ainda mais importância nas grandes cidades, como São Paulo.

Por outro lado, Juliana explica que o tempo de deslocamento não é um fator de eliminação, mas pode ser “um voto de minerva” em alguns casos.

Não ter perfil em redes sociais é um crime?

As redes sociais entraram definitivamente na vida das pessoas e isso inclui o mercado de trabalho. Atualmente, diz a especialista, os recrutadores investigam como as pessoas se relacionam na rede, observando tanto o relacionamento com amigos como com o networking.

“As pessoas têm que estar na rede, ligadas no que está acontecendo”.

Ser mandado embora é sinal vermelho?

Ter sido mandado embora do trabalho não é motivo para preocupação. O problema, diz Juliana, é quando a dispensa se torna recorrente.

“É perfeitamente natural sair quando os valores da empresa não combinam mais com os da pessoa. O problema é quando isso acontece repetidas vezes”.

Muitos empregos em pouco tempo é ruim?

Neste caso, explica a especialista, a imagem do candidato pode ser prejudicada. O ideal é que a pessoa termine os projetos começados e fique ao menos de um a dois anos em cada companhia.

O contrário, acrescenta, ficar muito tempo em uma empresa também é ruim, especialmente se a pessoa não obteve qualquer evolução no período.

Processo de trabalho e licença saúde impedem novo emprego?

Ter no “currículo” um processo de trabalho ou uma licença saúde não impactam na busca por um novo emprego, esclarece Juliana. Contudo, no primeiro caso, diz, muitos processos podem chamar a atenção.

Já no segundo, independentemente do que tenha acontecido, explica, o que importa é postura do profissional, o comprometimento com o trabalho e os resultados obtidos.

Fonte: Infomoney